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Palavras

Minha voz... Quando a ouço gravada, parece fina e grossa ao mesmo tempo. Como se não pertencesse a nenhum gênero, a nenhum rótulo. Como se dissesse: "Sou o que sou. E só." Não é uma voz aguda como de uma dama. Nem grave como se espera de um homem. É uma corda entre dois mundos, vibrando no intervalo. Talvez por isso ela prefira o canto ao discurso, a pausa à explicação, o gesto ao aplauso. Nunca gritei. Não sei como é. O som do desespero não me habita. Fui ensinada que gritos confundem, e que o silêncio, às vezes, protege. Prefiro o som das folhas, do vento, do mundo respirando. Palavras, pra mim, são feitiços. A gente não vê, mas elas tocam, moldam, mudam. Como os sons dos animais que não dizem "amor", mas mostram. A fome que ruge no estômago. A dor que escapa num choro. O medo que explode num grito. O amor que se reconhece num abraço. Por isso não desperdiço palavras. Não falo por falar. Não "jogo conversa fora". Falo o que minha alma empurra da mente at...

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