Um mapa sem nome e direção

Correntes sobre a cama, em um mundo sem expressão.
As risadas e os sorrisos são bem treinados diante do espelho.
A raiva presente no rosto foi o modo covarde
de esconder as lágrimas.

Com medo de perguntas e fugindo de respostas,
sempre à espera de um mundo onde as pessoas
simplesmente parem e escutem.

Abraços longos e silenciosos, quentes e curativos...
Quem diria que algo tão simples se tornaria tão raro?
Raro, porém fácil — e gratuito — de se oferecer.

Esquento minhas costas e mãos
com uma lareira inexistente.
Vivo em um mundo imaginário,
onde alguém se importa com a gente.



✦Entrelinhas Desbotadas

O texto retrata a solidão de quem aprendeu a esconder a dor atrás de  expressões ensaiadas.
Fala sobre a ausência de escuta, de afeto verdadeiro — como um abraço que cura, mas que se tornou raro.
A “lareira inexistente” representa a tentativa de aquecer o coração com o que só existe na imaginação.


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