A dança da alma

 Mais um dia de trabalho havia chegado ao fim. Valentina chegou em casa exausta.

Deitou-se sobre a cama quentinha, repousou as bochechas no travesseiro e fechou os olhos.
Sua mente estava cansada, como se um pequeno hamster tivesse saído da rodinha e ido dormir,
mas sua alma ainda ansiava por aventuras...

O som da marcha de mil cavalos despertou-a em um mundo novo,
um lugar que ela nunca havia habitado.

Assustada, correu até a janela.
As cortinas eram feitas de água, como uma cachoeira, mas ela podia abri-las com as mãos.

Um grande tapete azul surgiu do nada, serpenteando por entre as montanhas como um rio encantado.
Valentina saltou pela janela e passou a sobrevoar aquele lugar com entusiasmo.

O sol gargalhava enquanto assistia à dança de Valentina.
Ela se refrescava ao atravessar as nuvens, que choravam de alegria.
O perfume no ar era amadeirado.
As árvores meditavam em silêncio e forneciam a energia vital de tudo ao redor.

O vento então soprou palavras: era hora de voltar para casa.
Valentina repousou sobre um campo de flores, que docemente a abraçaram.

E então, Valentina acordou.

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